Imunidade, nunca se falou tanto disso!
O papel da nutrição na função imunológica
Durante a temporada de gripes e resfriados (normalmente no inverno) ou em tempos de pandemia (covid-19), as pessoas procuram alimentos ou suplementos vitamínicos que acreditam melhorar sua imunidade. A vit. C e a Vit. D são os exemplos mais populares do momento. No entanto, o nosso sistema imunológico é complexo e incorpora muitos órgãos e funções, e é influenciado não por um alimento ou um nutriente específico, e sim por uma variedade de vitaminas e minerais, combinada com fatores de estilo de vida saudáveis, como sono, exercícios físicos e baixos níveis de estresse.
Sem dúvida, a ideia de aumentar a imunidade é atraente, mas o sistema imunológico é exatamente isso, um sistema e não uma entidade única, que para funcionar adequadamente requer equilíbrio e harmonia. No geral, nosso sistema imunológico faz um trabalho notável contra microrganismos causadores de doenças, mas às vezes falha. Com isso, um germe, bactéria, ou vírus invade nosso corpo e nos deixa doente. Por isso o estado dos nutrientes (ingestão suficiente ou insuficiente) é um fator importante que contribui para a competência imune.
Neste sentido, nossa primeira linha de defesa é escolher um estilo de vida saudável para manter naturalmente nosso sistema imunológico protegido das agressões ambientais, para isso: Não fume; Pratique exercícios físicos regularmente; Mantenha um peso saudável; Consuma bebida alcóolica com moderação; Durma no mínimo 8 horas ao dia; Tente minimizar o estresse; Tome sol diariamente.
Além disso alguns nutrientes foram descritos como essenciais para a função das células imunológicas, dentre eles, a vitamina C, D, E, zinco, selênio, betacaroteno, glutamina, probióticos e prebióticos.
Zinco: atua como cofator em papéis estruturais em muitas proteínas. Mesmo uma leve deficiência tem sido associada a falhas na resposta imune adaptativa e inata. Fontes: carnes vermelha e de aves, feijão, lentilhas, amêndoas, amendoins, grãos integrais, leite e derivados
Selênio: é um oligoelemento que, como o zinco, tem funções funcionais, estruturais e enzimáticas em uma variedade de proteínas. O baixo estado de selênio está associado a um maior risco de doenças crônicas, incluindo câncer e doenças cardiovasculares. Fontes: castanha do Brasil, gema de ovo, sementes de girassol e frango
Betacaroteno: O betacaroteno é um antioxidante que pode reduzir a inflamação e aumentar a função imunológica. Fontes: batata doce, cenoura, mamão, abóbora, tomate.
Glutamina: tem função em várias células imunológicas, incluindo neutrófilos, macrófagos e linfócitos. Fontes: Carnes, ovos, peixes, Iogurte, queijo, leite, beterraba, couve, salsa, repolho, espinafre, feijão, favas, ervilhas.
Vitamina C: a deficiência de vit. C aumenta a suscetibilidade a infecções como pneumonia, pois baixos níveis de antioxidantes são incapazes de neutralizar o estresse oxidativo observado nesta condição. Fontes: pimentões vermelhos, laranjas, morangos, brócolis, mangas, limão, laranja, acerola e abacaxi
Vitamina D: pesquisas mostram que a de vitamina D pode reduzir o risco de infecções virais, reduzindo a produção de compostos pró-inflamatórios no organismo. Fontes: óleo de fígado de bacalhau, salmão, atum e ovo
Vitaminas E: é um antioxidante que ajuda a combater os radicais livres e auxilia a resposta imune natural do corpo. Fontes: nozes, sementes e azeite
O microbioma é uma metrópole interna de trilhões de microrganismos que habitam nossos corpos, principalmente no intestino. É uma área de pesquisa intensa, pois os cientistas estão descobrindo que o microbioma desempenha um papel fundamental na função imunológica e que a dieta é importante na determinação de quais tipos de microrganismos vão se reproduzir e viver ali. Fibras, verduras, frutas, legumes e grãos integrais parecem contribuir para o crescimento e a manutenção de microrganismos benéficos. Certos microrganismos quebram as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, os quais vão estimular a atividade das células imunes.
Estas são chamadas de fibras probióticas. Alimentos probióticos contêm bactérias vivas e alimentos/fibras probióticos alimentam e mantêm colônias saudáveis dessas bactérias. Alimentos probióticos: iogurte com culturas ativas vivas, vegetais fermentados, chucrute, tempeh, chá de kombucha e missô. Alimentos probióticos: alho, cebola, alho-poró, aspargos, alcachofras, algas marinhas, frutas, legumes e grãos integrais.
Assim, a alimentação ideal para os melhores resultados imunológicos seria a nutrição, que suporta as funções das células imunológicas, permitindo que elas iniciem respostas efetivas contra patógenos, mas também resolvam a resposta rapidamente quando necessário e evitem qualquer inflamação crônica subjacente.
Fonte: nutricaoempauta.com.br
Imagem: ilustrativa da internet
Importante: Caso tenha restrições alimentares e dúvidas converse com seu Nutricionista..
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