A relação entre a saúde mental e a alimentação

Neurologistas e psiquiatras vêm estudando a influência da alimentação em transtornos como depressão e ansiedade.

A relação entre a saúde mental e a alimentação já é conhecida há muito tempo, tanto que a popular frase “você é o que você come”, atribuída ao pensador Jean Anthelme Brillat-Savarin, data da época da Revolução Francesa.

O médico neurologista Pedro Schestatsky explica que a psiquiatria nutricional não é a solução para todos os distúrbios da mente e não deve ser vista como uma excludente da psiquiatria tradicional, e sim como complementar. Para casos em que os pacientes têm indicação para fazer uso de medicações, a boa nutrição pode contribuir para que o indivíduo a utilize em menor dose.

– Já observei vários pacientes que deixaram de usar fármacos ou reduziram a dose pois a alimentação e o estilo de vida assumiram a função dos medicamentos. A psiquiatria nutricional não é a solução para todos os males, mas é importante. Você pode ter remédios, mas se não tiver um cérebro bem mimado, bem tratado, fica difícil até de o medicamento chegar lá. É como ter um carro bom, mas não ter gasolina – compara o neurologista.

 

Cinco dicas dos especialistas


Beber água:

A água é necessária para todos os processos fisiológicos do corpo humano, inclusive para manter o cérebro funcionando.

Consumir alimentos naturais:

– A comida boa é a comida que nossos pais e avós comiam, in natura. São esses alimentos que tendem a melhorar a qualidade de vida e combater a ansiedade e a depressão.

Moderar nas junk foods:

De acordo com a cientista Elisa Brietzke, os estudos da psiquiatria nutricional demonstram que a dieta ocidental, de consumo excessivo de fast food, refrigerante, batata frita e embutidos, é ruim para a saúde mental: ela tem potencial de causar depressão em quem não a tem e, em quem já tem, pode ser um fator agravante. Isso porque é uma dieta que não fornece os nutrientes necessários para a criação dos neurotransmissores que fazem o cérebro funcionar bem.

Consumir probióticos:

Esses alimentos contém bactérias vivas benéficas à flora intestinal e devem integrar uma dieta que visa beneficiar o cérebro, já que facilitam a produção de neurotransmissores, além de hormônios e substâncias anti-inflamatórias.

Manter um ritmo alimentar:

É recomendado fazer as refeições no mesmo horário, todos os dias. De acordo com Elisa, manter essa regularidade é especialmente importante para a regularidade do sono, que por sua vez é importante para a recuperação do cérebro e a proteção contra doenças mentais.

fonte: gauchazh.clicrbs.com.br/saude

*Lembrando que este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

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